-->Estava
no que seria minha casa. Esta casa ficava na beira de um morro aos fundos. Na
frente era uma espécie de campinho bem pequeno. Além deste campinho, tinha
casas por todo lado. Mas não havia ruas, somente caminhos entre estas casas que
foram construídas sem alinhamento nenhum. Nos fundos da minha casa, abaixo
daquele morro, havia uma empresa pequena, que construía portão de garagem. O
quintal desta empresa ficava abaixo da janela do meu quarto. Mas eles cavaram o
morro debaixo da minha casa, fazendo dali o escritório. Na frente da minha casa,
virada para aquele campinho, tinha minha sala, só que ela não tinha a parede da
frente. Era toda aberta. Então o pessoal que passava por ali, sempre sentava no
meu sofá para descansar. Fui dormir e não conseguia fechar a janela do meu
quarto, que era virada para aquela empresa. Esta janela tinha duas bandas que
eram toda de vidro. Tinha mais ou menos um metro quadrado. Então desparafusei
dois parafusos e assim a janela fechou. Fui dormir e acordei já de manhã. Fui
abrir a janela e ela quase caiu uma banda lá em baixo, porque eu a tinha
desparafusado. Olhei lá em baixo e vi três homens trabalhando. Eles carregavam
um portão. Nisto um deles veio para o escritório que ficava debaixo da minha
casa e passou por baixo da minha janela. Nisto a outra parte da janela quase
caiu lá em baixo. Com dificuldades de segurar as duas partes, fiquei imaginando
que se tivesse caído poderia ter acertado o tal homem. Então parafusei
novamente a janela. Fui em direção a sala onde havia três homens sentados no
sofá descansando. Um estava fumando. Nisto vi que minha mãe vinha com duas
crianças de aproximadamente uns cinco anos, que seriam meus filhos. Entraram na
casa e estes meus filhos foram correndo e começaram a brincar e a mexer no que
havia em cima dos móveis. Então disse pra minha mãe que não dava pra morar ali,
que tinha que me mudar o mais rápido possível. Ela disse que eu deveria mudar
mesmo. Nisto veio chegando a Rita que parou na sala e sentou no sofá. Fui até
ela. Ela disse que vinha trazer o dinheiro que me devia. Perguntei se tinha
trago todo o dinheiro. Ela disse que não tinha contado, mas se eu não quisesse
receber ela levaria de volta. Disse que queria sim, precisava do dinheiro. Ela
então me deu um monte de nota de dois reais, cinco, dez e cem reais. Todas de
papel. Era daquele jogo “Banco Imobiliário”. Peguei as notas embolando todas na
mão. Fui até uma cômoda que tinha no outro cômodo, para contá-las. Ao
colocá-las em cima da cômoda, algumas caíram atrás desta cômoda. Fiquei de
pegar depois. Nisto meus filhos chegaram e disse que a Rita havia pedido para
eu ir com ela até a casa dela, para trazer o carro de volta. Fui lá para fora e
a Rita já estava no carro com meus filhos lá dentro. Este carro era da largura
de um carro normal. Mas só tinha a parte da frente, aonde ia a Rita dirigindo e
meus filhos ao lado. Não tinha banco de trás. Mas havia na frente dele uma
espécie de cesto, tipo aqueles de bicicleta de carga. Este cesto ocupava toda a
frente do carro. Foi ali que eu montei. A Rita saiu dirigindo por aquelas
vielas e entrou na rua. Ela passava na frente dos carros e eu ficava caindo, de
um lado ao outro, dentro do cesto. Reclamei com a Rita que ela não sabia
dirigir. Ela então disse que tinha tirado carteira. Então fiquei pensando que
não sabia dirigir carro de carga e não sabia como iria trazê-lo de volta.